Foto: Agência Brasil
Celebrado em 10 de setembro, o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio chama a atenção, por meio da campanha denominada “Setembro Amarelo”, para a importância de combater o suicídio, a depressão e tantos outros problemas de saúde mental.
Infelizmente, quando se trata de povos indígenas o tema é ainda mais amplo, uma vez que o registro de óbitos por suicídio é maior entre indígenas se comparado a branco e negros, conforme aponta os dados do Ministério da Saúde.
O combate ao suicídio nas comunidades indígenas tem sido um dos indicadores de grande preocupação da Fundação São Vicente de Paulo (Paraopeba/MG) nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas nos quais a instituição atua na prestação de serviços de saúde indígena.
No DSEI de Alto Rio Negro, por exemplo, foi registrada a redução de 50% dos casos de suicídio considerando o número de registros de 2015 para o Plano Distrital de Saúde Indígena 2016-2019.
De acordo com o Coordenador Local da Fundação, Elias Albuquerque a redução dos casos se deve a intensificação de ações estratégicas de prevenção nos polos bases de maior incidência e a sensibilização das lideranças comunitárias. “Essas ações vêm sendo implementadas especialmente nas comunidades onde observa-se grandes vulnerabilidades sociais e fatores condicionantes e determinantes à violência autoprovocada e interpessoal”, explicou.
O coordenador cita ainda, a importância da valorização das práticas tradicionais nas ações de prevenção. “Apesar de muito ter sido feito, cabe ainda à maximização às práticas dos saberes tradicionais, dentro processo saúde doença e o aumento da construção do “genograma” para identificar pessoas em risco e tentativas de suicídios, o que possibilitará uma diminuição ainda maior no número de casos”, completou.
Publicado em 10/09/2019